Cirurgia robótica

Tratamento para câncer de próstata

A medicina tem avançado muito nos últimos anos, com novas descobertas de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. O tratamento para câncer de próstata, por exemplo, foi um dos que mais se beneficiou desses avanços, principalmente com o desenvolvimento da cirurgia robótica.

Mas o câncer de próstata é um assunto que ainda assusta muito os homens, pois há muitos mitos e tabus sobre a doença. 

Por isso, neste post, pretendemos esclarecer muitas dúvidas sobre diagnóstico e tratamento para câncer de próstata, incluindo a cirurgia robótica. 

Continue lendo este artigo e saiba mais!

O que é próstata?

Antes de falarmos sobre o tumor de próstata, é importante explicar o que é a próstata. Trata-se de um órgão que os homens possuem, localizado na pelve, envolvendo a uretra (canal da urina), adjacente à bexiga. 

Tem a função de produzir o líquido que compõe o sêmen, que, por sua vez, permite aos espermatozoides sobreviver e  fornece um meio para que nadem e possam fecundar o óvulo, formando o embrião e, posteriormente, o feto. 

Câncer de Próstata

O câncer na próstata é um quadro em que as células apresentam mutações e passam a se multiplicar desordenadamente, invadindo outros órgãos, passando a “roubar” os nutrientes do organismo para si.  segundo tipo de tumor que mais afeta os homens logo depois do câncer de pele. 

É bastante frequente confundirem câncer de próstata com hiperplasia prostática benigna (HPB), também conhecida com aumento da próstata. Como o próprio nome indica, trata-se de condição benigna e consiste no aumento da próstata que ocorre à medida que os homens envelhecem e acomete cerca de 90% dos homens aos 90 anos. E a Hiperplasia prostática benigna pode exigir tratamentos diferentes do câncer de próstata.

Provoca compressão do canal da urina, causando sintomas como: 

  • Jato de urina fino e fraco;
  • Urinar com muita frequência;
  • Ter que acordar à noite para urinar;
  • Sangue na urina.

Devemos ressaltar que apenas quando o câncer de próstata está em fase mais avançada e invade órgãos vizinhos ou mesmo à distância, ocorrem sintomas. 

Em sua fase inicial, essa doença maligna não provoca nenhuma alteração perceptível ao paciente. Mas é justamente nessa fase que o tratamento do câncer de próstata tem maior chance de cura. Por isso insistimos que o paciente faça consultas e exames regulares com o urologista, mesmo que não tenha sintomas, para que a doença possa ser diagnosticada precocemente.

Diagnóstico

Alguns testes são essenciais na descoberta do tumor de próstata. O primeiro deles é o exame de toque retal, no qual o médico insere um dedo por meio do reto do paciente e, pela proximidade entre esses órgãos, consegue avaliar diversas características do órgão como: 

  • Tamanho;
  • Limites;
  • Consistência ;
  • Presença de nódulos.

Além disso, o urologia solicita outro exame, o teste de sangue PSA (antígeno prostático específico). Embora seja bastante útil, o PSA tem algumas limitações. É bastante sensível, mas pouco específico. 

Em outras palavras, um resultado baixo sugere pouca chance de câncer de próstata; uma resultado alto pode ser devido a câncer ou outras condições como aumento da próstata (HPB) e inflamação da próstata (prostatite).

Para melhorarmos a avaliação, solicitamos exames adicionais, com melhor especificidade, como ressonância magnética multiparamétrica da próstata, PHI (exame de sangue) ou PCA-3 (exame de urina). 

Caso se confirme a suspeita de câncer de próstata, solicitamos biópsia da próstata, que consiste em exame realizado, sob sedação, em que coletamos fragmentos da próstata que são analisados, posteriormente, ao microscópio, pelo médico patologista. Esse profissional pode identificar presença de alterações celulares, definindo o diagnóstico do câncer de próstata. 

Estágios do câncer de próstata

Além de concluir o diagnóstico de câncer, o médico patologista consegue  utilizando a Escala de Gleason, identificar o grau de agressividade da doença.

Câncer pouco agressivo apresenta crescimento lento, com baixo risco de invasão de outros órgãos; câncer agressivo, apresenta comportamento contrário, com crescimento rápido e maior chance de invadir estruturas vizinhas.  

Além disso, exames de imagem como ressonância magnética multiparamétrica da próstata, PET tomografia, tomografia de tórax e cintilografia óssea podem ser solicitados para definir se a doença está apenas na próstata, invadem estruturas vizinhas ou está disseminada, isto é, acomete órgãos à distância. 

Chamamos isso de estadiamento. Isso é fundamental, pois, é justamente baseado no estágio da doença, que definimos o tratamento mais adequado para o paciente. 

Tratamento para câncer de próstata

Além do estágio da doença, avaliamos também a condição de saúde global do paciente, como peso, doenças associadas, cirurgias prévias e, mais importante, as expectativas do paciente. 

Nos casos de baixo volume de tumor e baixo grau de agressividade, podemos recomendar vigilância ativa. Trata-se de situação em que é pouco provável que o paciente venha a apresentar complicações relacionadas ao câncer. Desse modo, podemos postergar o tratamento.  

Monitoramos a evolução da doença por meio de consultas e exames periódicos como PSA, ressonância magnética multiparamétrica ou mesmo biópsia da próstata. Se o câncer se mantiver pouco agressivo, mantemos o monitoramento; caso se torne mais agressivo, revemos a conduta. 

Nos casos de doença localizada (acometendo apenas a próstata), com maior volume ou grau de agressividade, recomendamos a cirurgia, pois se trata de forma de tratamento que apresenta melhores resultados de sobrevida. 

A maior parte das cirurgias para tratamento do câncer de próstata realizadas atualmente são cirurgias robóticas, em que o cirurgião é auxiliado por um robô. Fazem pequenos cortes com menos de 1cm, por onde inserimos a câmera e pinças  robóticas que permitem melhor visão do campo cirúrgico, bem como movimentos mais controlados e precisos. 

Além das melhorias técnicas, esse tipo de cirurgia apresenta outras vantagens como:

  • menor sangramento;
  • menor tempo de internação;
  • menos dor pós-operatória;
  • menor tempo de afastamento do trabalho e atividade física;
  • cicatrizes menores.

Desse modo, a cirurgia robótica é minimamente invasiva e é uma das melhores opções de tratamento atuais.

Caso o paciente apresente doença localizada, mas suas condições clínicas não permitam cirurgia, pode ser submetido a tratamento por meio de radioterapia. 

É preciso ressaltar, porém, que essa forma de tratamento apresenta resultados inferiores em termos de sobrevida, além de haver o risco de ocorrer lesões de órgãos próximos à próstata, que podem impactar a qualidade de vida do doente.

Há ainda o HIFU, modalidade que utiliza ultrassom de alta frequência para destruição do tumor. No entanto, não há ainda estudos que comprovem a eficácia dessa forma de tratamento a longo prazo. 

Quando o câncer invade estruturas vizinhas (doença localmente avançada), para que possamos curar o paciente, muitas vezes, é necessário associar modalidades de tratamento. 

Desse modo, mesmo após a cirurgia robótica, pode ser necessário associar radioterapia e terapia de privação hormonal, que consiste em administrar medicação que reduz a produção de testosterona, hormônio que estimula a proliferação das células tumorais. 

Pode-se também associar radioterapia e terapia de privação hormonal como forma inicial de tratamento. 

Caso a paciente já apresente metástases (doença disseminada ou metastática), não podemos mais curar o paciente. Nesse cenário, costuma-se apenas utilizar terapia de privação hormonal, para frear a evolução.

Então, se você quer a orientação médica de um especialista para definir o melhor plano para seu tratamento, agende uma consulta com o Dr. Luiz Takano e tenha um especialista acompanhando seu caso!

Dr. Luiz Takano