A medicina está em constante evolução, buscando incessantemente novos métodos para cura do câncer de próstata.
Uma das grandes “invenções” na última década foi a cirurgia robótica para câncer de próstata, um procedimento em que o cirurgião controla um robô para remover de forma mais precisa o tumor.
Além da evolução do tratamento do câncer, o desenvolvimento da medicina permitiu a criação de novos exames de diagnóstico da doença.
Alguns desses exames, inclusive, já estão sendo testados, mostrando alta eficácia na avaliação de riscos de evolução do câncer de próstata.
Saiba mais sobre isso neste artigo do Dr. Luiz Takano — Especialista em Urologia Minimamente Invasiva!
Quando o paciente apresenta alteração do PSA e/ou do exame de toque devemos pensar em câncer de próstata. Para prosseguirmos a investigação, solicitamos biópsia da próstata, exame que permite coletar fragmentos de tecido desse órgão. Esse material é submetido a análise pelo médico patologista que, por sua vez, define se há alterações que permitem a confirmação do diagnóstico.
Muitas vezes, porém, nos deparamos com situações em que o paciente apresenta apenas 1 dos dos 12 fragmentos coletados da próstata apresenta câncer. Além disso, esse único fragmento apresenta doença pouco agressiva, Gleason 6 (3+3) e o PSA é menor que 10. Chamamos isso de doença mínima.
Nesse caso, devemos explicar ao paciente que é possível fazermos vigilância ativa, ao invés de programar tratamento curativo como cirurgia, radioterapia ou ultrassom de alta frequência. Isso é seguro, uma vez que tumores pouco agressivos podem permanecer desse modo por muitos anos, não provocando complicações ao paciente.
Vigilância ativa não significa fazer nada. O paciente deve realizar exames de PSA, ressonância multiparamétrica e eventualmente nova biópsia periodicamente. Caso o tumor apresenta sinais de aumento de volume ou agressividade, programa-se tratamento curativo.
É possível, porém, que o tumor evolua para doença mais agressiva em pouco tempo. Desse modo, é fundamental identificar se o tumor de próstata deve ser tratado imediatamente ou se a vigilância ativa é o procedimento ideal para um paciente.
Alguns exames de laboratório chamados testes genômicos ou proteômicos podem ser usados em conjunto com os exames de PSA e análise do material obtido na biópsia (anatomia-patológica), para responder essa questão.
Eles verificam se genes sabidamente relacionados à evolução para doença mais agressiva estão ativos dentro das células do câncer de próstata, permitindo fazer uma melhor previsão sobre a rapidez com que um câncer de próstata pode evoluir e gerar metástases.
Este teste mede a atividade de certos genes em células do câncer de próstata, mostrando essa atividade como uma pontuação em uma escala de 0 a 100. Assim, pontuações mais altas indicam maior probabilidade de o câncer evoluir e se espalhar.
O teste Oncotype DX GPS foi desenvolvido e estudado em mais de 5.000 pacientes. Por isso, cabe destacar que é um teste bastante confiável, que permite fazer uma avaliação de risco mais precisa e refinada, orientando os médicos a definirem o melhor tratamento.
E quando falamos de “o melhor tratamento” não estamos apenas enfatizando o procedimento que produzirá melhores resultados em termos de cura. E, sim, o tratamento que terá um impacto mais positivo na qualidade de vida do paciente, oferecendo menos efeitos colaterais, inclusive.
Este teste mede a atividade de um conjunto diferente de genes nas células do câncer de próstata, indicando-a com pontuação em uma escala de 0 a 10.
Da mesma forma que o teste Oncotype DX Prostate, quanto mais alta a pontuação, maiores as chances de o crescer e gerar metástases.
Este tipo de teste mede a atividade de um conjunto de proteínas nas células do câncer de próstata. Assim como os demais testes acima, trabalha com um sistema de pontuação, que ajuda a prever a probabilidade de um câncer crescer e tomar outros tecidos e órgãos.
Pode ser utilizado tanto em amostras de tecido obtidas durante a biópsia de próstata ou na peça cirúrgica no caso dos pacientes que optaram pela cirurgia robótica.
Permite avaliar o risco do câncer evoluir para doença mais agressiva e mesmo o risco da doença voltar em outras partes do corpo após a operação.
Esses testes ainda não estão disponíveis no Brasil, mas torcemos para que sejam disponibilizados em breve, de modo que os médicos possam contar ainda mais com a tecnologia no controle do câncer de próstata.
Mas enquanto os modernos exames não chegam aqui, marque sua consulta de rotina com o Dr. Luiz Takano e cuide da sua saúde urológica!