O teste de mutações genéticas na urina pode detectar o câncer de bexiga anos antes da doença apresentar sintomas clínicos, mostrou uma nova pesquisa. O estudo, realizado por investigadores de França, Irã e Estados Unidos, identificou mutações em dez genes que foram capazes de prever o tipo mais comum de câncer de bexiga até 12 anos antes do diagnóstico. E uma novidade sobre o exame de urina pode mudar a realidade de diversos pacientes!
O câncer de bexiga é responsável por cerca de 800 mil mortes no mundo por ano. Apenas cerca de metade das pessoas diagnosticadas com a doença avançada sobrevivem mais de cinco anos, principalmente devido ao diagnóstico tardio e à recorrência da doença. Por outro lado, se o câncer for detectado numa fase inicial, mais de 80% dos pacientes sobrevivem durante pelo menos cinco anos.
O diagnóstico do câncer de bexiga depende de procedimentos invasivos, como a cistoscopia, que envolve a inserção de uma câmera na bexiga. Ter um teste de urina mais simples que pudesse diagnosticar com precisão e até mesmo prever a probabilidade de câncer com anos de antecedência poderia ajudar a detectar a doença em um estágio inicial e evitar cistoscopias desnecessárias em pacientes saudáveis.
Pesquisadores avaliaram um exame de urina desenvolvido pela empresa Convergent Genomics que permite identificar mutações em 60 genes. Com base em pesquisas anteriores para identificar mutações genéticas ligadas ao câncer da bexiga, os cientistas reduziram o novo teste para se concentrar em mutações em apenas dez genes.
O estudo avaliou dados de cerca de 50.000 pacientes acompanhados ao longo de dez anos. Quarenta pessoas no estudo desenvolveram câncer de bexiga durante essa década, e a equipa conseguiu testar amostras de urina de 29 delas. O teste foi capaz de prever com precisão o futuro câncer de bexiga em 19 (66%) deles, apesar de as amostras de urina terem sido recolhidas até 12 anos antes do diagnóstico clínico. Quatorze desses participantes foram diagnosticados com câncer de bexiga sete anos após a coleta de urina, e o teste foi capaz de prever o câncer em 12 (86%) deles.
O teste também foi testado com colegas do Massachusetts General Hospital e da Ohio State University, utilizando amostras de 70 pacientes com câncer de bexiga e 96 controles, colhidas antes de uma cistoscopia. Algumas destas amostras foram fornecidas por pacientes com câncer no dia em que foram diagnosticadas, e não muitos anos antes. Mutações foram encontradas em amostras de urina de 50 dos 70 pacientes (71%) cujos tumores eram visíveis durante a cistoscopia. Alguns deles eram novos diagnósticos e outros envolviam uma recorrência de câncer. Mutações não foram encontradas em 90 dos 96 (94%) pacientes com cistoscopia negativa. Estes resultados demonstram o potencial de um teste genético de urina para a detecção precoce da doença.
Caso os resultados sejam replicados em estudos maiores, os testes de urina para estas mutações poderão permitir o rastreio de rotina para grupos de alto risco, como fumadores ou aqueles expostos a agentes cancerígenos conhecidos da bexiga através do seu trabalho. Esse tipo de teste também pode ser usado quando os pacientes procuram o médico com sangue na urina, para ajudar a reduzir cistoscopias desnecessárias.
Este tipo de investigação desta natureza é muito encorajadora, pois mostra que a capacidade de identificar alterações moleculares em amostras como urina que podem diagnosticar o câncer está evoluindo.
O avanço deste tipo de exame de urina reflete o compromisso da medicina moderna em adotar soluções menos invasivas e mais eficazes.
No Brasil, o Dr. Luiz Takano, reconhecido urologista em SP, está na vanguarda dessas inovações. Especialista em urologia minimamente invasiva, ele utiliza a cirurgia robótica para tratar uma ampla gama de condições, como câncer de bexiga, rim e próstata.
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