Quando diagnosticado em sua fase inicial, o tumor prostático pode ser curado por meio de tratamentos como a cirurgia robótica de câncer de próstata, radioterapia e ultrassom de alta frequência.
Quando o câncer de próstata não invade órgãos à distância ou mesmo estruturas vizinhas, a cirurgia robótica apresenta resultados superiores em relação às demais formas de tratamento. Utilizando um moderno robô, o cirurgião visualiza o campo cirúrgica com grandes detalhes e executa movimentos controlados e precisos, o que é particularmente útil para preservação dos nervos responsáveis pela ereção que ficam muito perto da próstata.
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Para que seja possível, porém, curar o paciente, é necessário diagnosticar o câncer de próstata quando ainda está em estágio inicial. No entanto, nesse estágio, o tumor não provoca sintomas. Desse modo é fundamental realizar consultas periódicas com o urologista para rastrear sinais da doença.
Para conhecer os principais exames envolvidos no diagnóstico do câncer de próstata, leia este artigo da Takano Urologia!
Exame de toque retal: o mais importante contra o câncer de próstata
No exame de toque retal, o urologista insere um dedo lubrificado no reto paciente. Devido a proximidade do reto e da próstata, é possível examinar este órgão. Esse exame permite ao médico avaliar diversos aspectos da próstata como: tamanho da próstata (cerca de 10g para cada polpa digital), superfície, limites, sulco mediano, densidade e presença de nódulos.
Exame de sangue PSA
O antígeno prostático específico (PSA) é uma substância produzida pelas células da próstata, que pode ser dosada no sangue. Como as células cancerosas se multiplicam muito mais rápido que as células normais da próstata, acabam produzindo mais PSA.
Desse modo, quando essa substância está “mais alta” no sangue, pode ser devido a câncer de próstata. Para homens entre com 40-59 anos, consideramos valores acima de 2.5 ng/ml alterados; para homens aos 60 anos, valores superiores a 4.0 ng/ml são suspeitos.
Contudo, é preciso ressaltar que o PSA pode estar elevado em outras situações além do câncer de próstata como hiperplasia prostática benigna e prostatite. Portanto, trata-se de exame sensível, mas pouco específico, isto é, quando o valor é baixo, o risco de câncer de próstata é baixo; quando o valor é elevado, não significa necessariamente câncer de próstata.
Ressonância magnética multiparamétrica da próstata
Trata-se de exame de imagem que apresenta maior especificidade que o PSA, isto é, havendo alteração suspeita de câncer de próstata, é provável que essa doença esteja ocorrendo.
Por esse aspecto de maior especificidade, utiliza-se esse exame quando há alteração ao exame de toque e/ou PSA, antes de se prosseguir com a biópsia de próstata.
O radiologista que avalia as imagens da ressonância agrupa os achados em cinco categorias (PIRADS):
- I muito provavelmente, o diagnóstico é benigno (não é câncer)
- II provavelmente, o diagnóstico é benigno
- III indeterminado
- IV provavelmente, o diagnóstico é câncer
- V muito provavelmente, o diagnóstico é câncer
Esse exame é também bastante útil para a execução da biópsia de próstata, pois diferentemente do ultrassom, a ressonância identifica a lesão suspeita de câncer de próstata, bem como sua localização.
O ultrassom permite apenas identificar a próstata, para guiar a coleta de amostras de tecido de diferentes regiões desse órgão.
PHI
Trata-se de exame de sangue para dosagem das 3 formas do PSA (total, livre, p2PSA). Sua grande vantagem em relação ao PSA é que apresenta maior especificidade, isto é, havendo alteração suspeita de câncer de próstata, é provável que essa doença esteja ocorrendo.
PCA-3
O antígeno 3 do câncer de próstata é um gene que expressa um RNA não codificante. O PCA3 é expresso apenas no tecido da próstata humano e o gene é altamente superexpresso no câncer de próstata. Pode ser dosado na urina e apresenta especificidade semelhante ao PHI.
Biópsia para câncer de próstata
A biópsia é um procedimento realizado sob sedação, no qual o médico utiliza o ultrassom para guiar a inserção de pequenas agulhas que permitem a coleta de amostras de tecido (geralmente 12) das diferentes regiões da próstata.
Para melhorar a acurácia do exame, pode-se utilizar aparelho que funde as imagens da ressonância magnética multiparamétrica da próstata ao ultrassom, uma vez que a ressonância permite identificar a lesão suspeita, bem como sua localização.
A biópsia de próstata pode ser realizada através da parede do reto (transretal) ou através do períneo, região entre o escroto e o ânus (transperineal).
Uma dúvida bastante comum é se a biópsia é dolorosa. Por se tratar de exame invasivo, deve ser realizado sob sedação para maior conforto do paciente
Pode ser realizado em laboratório ou mesmo em hospitais e dura cerca de 10 minutos.
Geralmente, o médico prescreve medicamentos para remover as fezes do intestino e antibióticos antes da biópsia, com intuito de reduzir o risco de infecção.
Após o exame, as alterações mais comuns são sangramentos na urina, sêmen e fezes, que costumam ser, porém, pouco intensos e desaparecem em 1 semana.
Se você fez algum dos exames mencionados acima e o resultado está alterado, agende já sua consulta com o Dr. Luiz Takano! E não se esqueça de incentivar a conscientização sobre o câncer de próstata com sua família!