As pedras nos rins ou cálculos renais são formados por substâncias que se agregam e formam pequenos cristais dentro dos rins ou nas vias urinárias, formando concreções que lembram pedras, daí seu nome.
Um dos aspectos mais temidos da doença é que podem provocar dor muito intensa, sendo necessário procurar atendimento de emergência imediatamente. Quando as pedras estão localizadas no interior dos rins, não costumam provocar dor. Muitas vezes o paciente possui algum tipo de pedra no rim e não tem sintoma algum.
Muitas vezes, a doença é assintomática (não apresenta sintomas) e, por esse motivo, pode passar muito tempo despercebida.
Porém, quando as pedras se deslocam dos rins e passam a provocar obstrução da drenagem do canal que leva a urina do rim para a bexiga, causam dores muito fortes (cólica renal), que podem ser sentidas na região lombar ou região abdominal inferior.
Essas dores não são os únicos sintomas. Podem ocorrer também:
Embora os sintomas possam ser sugestivos, para confirmar a presença das pedras é necessário, porém, realizar exame de imagem, idealmente tomografia de abdome total.
Além disso, é prudente também solicitar exames de sangue e urina para avaliar função renal e infecção urinária.
Durante os episódios de cólica renal, primeiramente, devemos controlar a dor do paciente.
Para amenizar a dor e o incômodo, são administrados medicamentos opióides como morfina para alívio imediato.
Em seguida, o paciente passa pelos exames e, quando há o diagnóstico confirmado, a próxima etapa é a definição do tratamento ideal.
A boa notícia é que a urologia evoluiu bastante nesses aspecto e conta com modalidades cirúrgicas que são muito eficientes e pouco invasivas
Na ureterorrenolitotripsia flexível, também chamada de ureteroscopia, uma câmera fina e flexível é inserida na uretra, passando pela bexiga até chegar ao rim. Controlado pelo cirurgião, o aparelho fornece visão 360 graus, para todos os lados.
Assim, o cirurgião consegue explorar de modo detalhado todo o rim. Então, após identificar os cálculos renais, uma fibra de laser introduzida pelo equipamento pulveriza as pedras. Na sequência, insere-se uma pequena cesta para retirar os fragmentos.
O paciente recebe alta no mesmo dia da cirurgia.
Guiado por ultrassom ou mesmo raio-x, o cirurgião urologista faz uma pequena incisão na parte inferior das costas (região lombar), por onde introduz uma câmera (nefroscópio) até o interior dos rins, para ter acesso às pedras.
Utilizando um equipamento ultrassônico introduzido pelo nefroscópio, a pedra é fragmentada e aspirada simultaneamente. Pode-se utilizar também laser para fragmentar esses cálculos.
Geralmente, este tipo de cirurgia é realizado em cálculos renais maiores que 2,5 cm. Trata-se de procedimento mais invasivo que a ureteroscopia, com maior risco de sangramento, maior tempo de internação e afastamento do trabalho.
Não configura propriamente uma cirurgia, mas é uma modalidade de tratamento de pedras nos rins. É conhecida popularmente como “bater as pedras”, pelo som característico do aparelho utilizado ou “tratamento por laser”, embora não utilize essa forma de energia.
O paciente recebe sedação ou anestesia geral e é deitado sobre uma espécie de bolha. Neste procedimento, localiza-se o cálculo por meio de raio X ou ultrassom anexos ao aparelho. O aparelho gera ondas de choque que atravessam o corpo e os rins e fragmentam as pedras nos rins.
Há algumas ressalvas para o uso dessa técnica. A mesma não pode ser utilizada em cálculos maiores que 20mm ou 10mm, dependendo da localização. Para cálculos duros (densidade acima de 1000 UH) temos resultados pobres com taxas de resolução de 30-50%
Para avaliar qual a melhor forma de tratamento para seu caso, consulte um médico urologista especialista nesses procedimentos.
Assim você poderá cuidar da sua saúde e estar preparado para essas e outras emergências. Agende sua consulta hoje mesmo!