Cirurgia robótica

Prostatectomia robótica simples e radical: entenda as diferenças

Antes da introdução da cirurgia robótica para o tratamento do câncer de próstata, a abordagem predominante era a cirurgia aberta, que envolve maiores riscos para o paciente.

Com os avanços tecnológicos na medicina, hoje podemos utilizar a técnica de prostatectomia robótica, tanto simples quanto radical. Essas técnicas são menos invasivas e oferecem uma melhor qualidade no pós-operatório.

Mas qual a diferença entre elas e em quais situações cada uma é recomendada? Para esclarecer essas dúvidas, este artigo apresenta as definições e aborda questões relacionadas ao pré e ao pós-operatório. Boa leitura.

O que é prostatectomia robótica simples?

É uma abordagem minimamente invasiva para a remoção da próstata, realizada com a ajuda de um sistema robótico controlado pelo cirurgião.

Nesse procedimento, é usado um console para manipular braços robóticos equipados com instrumentos cirúrgicos precisos. A técnica é chamada “simples” porque envolve a remoção da próstata sem procedimentos adicionais complexos, como a remoção dos linfonodos ou reconstruções extensas.

A prostatectomia robótica simples, geralmente empregada para tratar o câncer de próstata em estágios iniciais, oferece diversas vantagens em relação às técnicas tradicionais, como menores incisões, menores riscos de hemorragia, menos dor pós-operatória e uma recuperação mais rápida.

O que é prostatectomia robótica radical?

É um procedimento cirúrgico avançado para a remoção completa da próstata e, frequentemente, dos tecidos circundantes, como vesículas seminais e, em alguns casos, linfonodos regionais. Este procedimento é utilizado principalmente no tratamento do câncer de próstata em estágio mais avançado.

Quais são as principais diferenças entre elas?

De maneira geral, a prostatectomia robótica simples envolve a remoção apenas da próstata, sem a inclusão de outros tecidos ou estruturas. É geralmente indicada para casos de câncer em estágios iniciais. Já a prostatectomia radical, como mencionado, trata-se da remoção completa da próstata e tecidos próximos.

Além disso, ela atua na remoção de linfonodos e outras estruturas, exigindo maior precisão e controle durante a cirurgia para minimizar danos aos tecidos circundantes e preservar a função sexual e urinária.

Como é o pré-operatório da prostatectomia?

O pré-operatório para uma prostatectomia inclui a realização de exames padrão para qualquer cirurgia. O paciente deve realizar exames laboratoriais e uma avaliação cardiológica para avaliar sua saúde geral e determinar se há riscos associados ao procedimento.

Se houver suspeita de infecção urinária, o tratamento dessa condição é priorizado antes da realização da cirurgia. Além disso, o paciente recebe orientações adicionais sobre o uso de medicamentos, especialmente se tiver condições como hipertensão ou diabetes, e sobre outros cuidados necessários para promover uma recuperação adequada após a operação.

Como é o pós-operatório da prostatectomia?

Após a prostatectomia, o paciente precisa usar uma sonda urinária por um período de 7 a 10 dias para a drenagem da bexiga. O cirurgião fornece orientações sobre o manejo do cateter e os cuidados com a área operada.

É comum que o paciente experimente algumas queixas, como irritação urinária, presença de sangue na urina, dificuldade para urinar e possíveis infecções no trato urinário. Esses sintomas são geralmente considerados normais nos dias ou semanas seguintes à cirurgia.

Quais as indicações para realização da prostatectomia?

Para a prostatectomia simples, observa-se:

  • sintomas urinários significativos, como dificuldade para urinar, aumento na frequência urinária e fluxo urinário reduzido;
  • insuficiência do tratamento medicamentoso para aliviar os sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB);
  • complicações urinárias, como retenção urinária aguda ou infecções frequentes do trato urinário.

Já para os casos de prostatectomia radical, tem-se:

  • diagnóstico de câncer de próstata em estágio inicial ou avançado;
  • expectativa de vida favorável e boa condição geral de saúde para suportar o procedimento;
  • tumores confinados à próstata e que não se disseminaram além da glândula.

Embora a recuperação geralmente seja rápida na maioria dos casos de câncer de próstata, alguns pacientes podem ter um processo mais lento. Isso pode variar conforme a idade, condições de saúde, sensibilidade individual à dor, a técnica cirúrgica utilizada, entre outros fatores.

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Dr. Luiz Takano