O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente em homens. Nos Estados Unidos, estima-se que, em 2023, 288.300 homens irão apresentar câncer de próstata, dos quais 34.700 virão a falecer da doença.
Embora a chance de cura seja bastante alta quando o câncer de próstata é diagnosticado em fase inicial, os números de óbitos ainda é bastante alto, pois muitos casos ainda são diagnosticados em fase avançada.
Uma pesquisa recente, porém, fez novas descobertas sobre como o câncer de próstata pode se tornar resistente ao tratamento do câncer de próstata.
Confira a seguir mais detalhes sobre o estudo publicado na eLife.
Diferentemente das células normais, as células tumorais proliferam de modo rápido e desordenado, podendo invadir órgãos vizinhos, vasos linfáticos e vasos sanguíneos. Quando invadem o sistema linfático ou vascular, podem alcançar órgãos à distância, o que chamamos de metástases.
A terapia a privação hormonal é a principal forma de tratamento de câncer de próstata metastático e consiste em administrar medicamentos para reduzir a produção de testosterona, hormônio que estimula a proliferação das células cancerígenas da próstata.
Contudo, após cerca de 2-3 anos de terapia de privação hormonal, o câncer de próstata se torna resistente ao tratamento, o que chamamos de câncer de próstata metastático resistente à castração.
A pesquisa justamente fez novas descobertas sobre o mecanismo pelo qual essa resistência ocorre, o que permitirá a criação de novos medicamentos em um futuro próximo.
O gene Pten é responsável pela produção de uma proteína que impede o crescimento de células tumorais. Esse gene está inativo na maioria dos pacientes com câncer avançado.
Os pesquisadores avaliaram o comportamento das células da próstata de camundongos saudáveis e ratos sem o gene Pten.
Nos animais sem o gene Pten, notaram que células apresentaram involução para um estudo indiferenciado, isto é, assumiram aspecto de células imaturas, diferente daquelas que normalmente existem na próstata e desempenham funções específicas.
Quando submetidas à privação hormonal, as células indiferenciadas proliferaram. Avaliando essas células identificaram a presença de genes que também ocorrem em homens com câncer resistente à castração.
Além disso, os pesquisadores descobriram que nos animais sem o gene Pten, mecanismos do sistema imunológico que atuam no combate a células cancerígenas estavam desativados.
Espera-se que essas descobertas permitam, em um futuro próximo, o desenvolvimento de novas formas de tratamento de câncer avançado.
Embora novas pesquisas tenham permitido maior entendimento dos mecanismos de resistência ao tratamento, drogas eficazes para o tratamento do câncer de próstata avançado ainda não foram desenvolvidas.
Desse modo, o diagnóstico precoce continua a ser a forma mais adequada de tratamento, permitindo o uso de formas de tratamento como a cirurgia robótica, com alta chance de cura.
Para o diagnóstico precoce ou para tratamento do câncer prostático, agende sua consulta com o Dr. Luiz Takano!