A cirurgia de câncer de próstata por robótica é um procedimento em que os médicos urologistas realizam a remoção da próstata, auxiliados por um robô, o que garante melhor visão e maior precisão de movimentos.
Pode ser empregada em diferentes estágios do câncer. Mas nem sempre é necessário realizar o tratamento logo após o diagnóstico. Muitas vezes, podemos monitorar a doença.
Esse monitoramento do câncer prostático é chamado de vigilância ativa, uma medida que oferece vantagens aos pacientes que apresentam doença pouco agressiva.
É preciso que fique claro que vigilância ativa não significa fazer nada. O médico irá acompanhar de perto a evolução do paciente, observando se o tumor progride ou se mantém inalterado.
Normalmente, a vigilância ativa é o método adotado quando o paciente apresenta um baixo volume de tumor pouco agressivo, que possui crescimento lento.
Indicamos vigilância para pacientes que apresentam doença localizada (o câncer está apenas na próstata e não invade estruturas vizinhas), baixo volume tumoral (idealmente apenas 1 dos 12 fragmentos da biópsia acometidos), doença pouco agressiva (idealmente escore de Gleason 6) e baixo PSA (menor que 10). Chamamos essas condições de doença mínima.
Podemos discutir a vigilância ativa com o paciente, somente após o paciente ser submetido a biópsia e confirmarmos o diagnóstico do câncer de próstata, bem como os aspectos de doença mínima descritos acima.
Embora não haja consenso sobre como deve ser realizada a vigilância ativa, geralmente optamos por realizar os seguintes exames:
Os resultados dos exames descritos acima nos ajudam a entender se tumor de próstata apresenta aumento de volume e/ou agressividade.
Enquanto a doença mantiver características de baixo volume, baixa agressividade e não houver sinais de invasão de estruturas vizinhas, podemos manter o paciente em vigilância ativa.
Havendo, porém, confirmação ou, pelo menos, forte suspeita de progressão da doença, é preciso rediscutir a conduta com o paciente, reforçando a necessidade de tratamento curativo por meio de remoção cirurgia robótica da próstata ou outros tratamentos como radioterapia e ultrassom de alta frequência.
A não realização imediata do tratamento permite poupar o paciente de internação cirúrgica, eventuais complicações operatórias ou efeitos danosos da radioterapia.
No entanto, é preciso destacar que, muitas vezes, a biópsia não permite uma avaliação adequada da agressividade do tumor, isto é, o câncer pode ser mais agressivo do que a biópsia sugere.
Isso ocorre em cerca de 30-40% dos pacientes submetidos a cirurgia, em que a análise da próstata pelo médico patologista revela doença mais agressiva que a biópsia indicava. Chamamos isso de subestadiamento, que pode retardar a execução da cirurgia quando, na verdade, deveria ser realizada precocemente.
Por se tratar de uma discussão bastante complexa, recomendamos discutir todas essas questões com o médico urologista.
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