Quando diagnosticado em sua fase inicial, o câncer de próstata pode ser tratado por meio de cirurgia robótica, radioterapia ou ultrassom de alta frequência, havendo grandes chances de cura.
No entanto, quando o câncer que se iniciou na próstata alcançou outros órgãos (metástase), não é possível curar a doença. Podemos apenas reduzir a produção de testosterona, diminuindo a velocidade de crescimento do tumor.
Mas, após cerca de 12 meses, o tumor torna-se resistente a esse tratamento, o que chamamos de doença resistente à castração. Nesse estágio (metastático), muitas drogas vêm sendo testadas, com o objetivo de prolongar a sobrevida e oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes com câncer de próstata.
Em maio deste ano, surgiu uma nova esperança, o FDA, órgão americano equivalente à ANVISA, autorizou novo tratamento para câncer de próstata que se mostrou bastante eficaz no tratamento da doença resistente à castração.
Para entender melhor como funciona esse tratamento, continue lendo do Doutor Luiz Takano – Especialista em Urologia Minimamente Invasiva!
O que é o novo tratamento para câncer de próstata metastático?
O câncer de próstata metastático permanece uma doença fatal apesar dos avanços da medicina. Pesquisas recentes, porém, descobriram uma proteína presente na superfície das células tumorais do câncer de próstata, o PSMA. Além disso, notaram que essa proteína é produzida em maior quantidade pelas células do câncer de próstata resistente à castração (que não mais responde ao tratamento de privação hormonal).
Essa descoberta permitiu que desenvolvessem uma droga, batizada de Pluvicto, que se liga a essa proteína para destruir as células tumorais. A droga contém duas partes: a primeira delas permite que o medicamento se ligue ao PSMA; a segunda, é uma partícula radioativa que mata as células cancerígenas, sem afetar o restante do organismo.
Como foi feita a pesquisa?
O estudo que testou a medicação envolveu 831 pacientes que já haviam recebido terapia de privação hormonal e quimioterapia. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: o primeiro grupo recebeu a combinação do Pluvicto e tratamento padrão para doença resistente à castração; o segundo, apenas o tratamento padrão. Os pacientes foram, então, acompanhados por cerca de 2 anos.
Resultados
Os pacientes que receberam Pluvicto tiveram melhor sobrevida sem perda da qualidade de vida, algo bastante raro em quadros de doença avançada!
Essa droga trouxe esperança a um cenário até então desolador.
Você tem câncer de próstata e está em dúvida sobre como tratar? Então entre em contato com o Dr. Luiz Takano. Faremos uma análise completa do seu caso para definir o tratamento mais adequado.