O HPV ou papiloma vírus humano é um agente que pode infectar tanto homens quanto mulheres. Provoca a formação de verrugas na genitália masculino, genitália externa feminina, boca e ânus, aumentando o risco de câncer de colo de útero, pênis, boca e reto.
Neste texto, discutiremos aspectos da infecção genital masculina pelo HPV masculino.
O HPV é um grupo de mais de 200 tipos de vírus. Alguns tipos causam verrugas na pele, enquanto outros afetam as áreas genitais, anais e orofaríngeas. Eles podem ser divididos em 2 tipos diferentes: o baixo risco e o alto risco. Essa classificação define o risco da infecção provocar câncer no órgão afetado.
Estudos recentes indicam que cerca de 40% da população masculina do Brasil apresenta infecção genital pelo HPV.
O contágio ocorre durante as relações sexuais, tanto vaginais quanto anais e até orais. O simples contato com áreas genitais, mesmo sem penetração, também pode causar a transmissão do vírus. Usar objetos que entraram em contato com áreas contaminadas também é outro fator de risco.
Por fim, embora raro, existe o contágio durante o parto, resultando em infecções na garganta do recém-nascido.
Grande número de parceiros sexuais, relações sem preservativo e sistema imunológico comprometido são fatores que aumentam as chances de contrair o vírus.
O uso de preservativos para relação oral, vagina e anal reduzem consideravelmente o risco de contrair o vírus.
Igualmente importante é a vacinação contra HPV, que deve ser administrada preferencialmente antes do início da vida sexual.
As verrugas genitais provocadas pelo HPV apresentam uma forma característica, que chamamos de condiloma culminado, mas são popularmente conhecidas como “crista de galo“.
No entanto, é incomum que pacientes aguardem a evolução de uma verruga genital até assumir o aspecto descrito acima. Ao notarem uma pequena lesão genital, logo procuram o urologista.
É muito difícil, porém, definirmos o diagnóstico em verrugas genitais muito pequenas. Desse modo, recomenda-se realizar peniscopia, em que o médico examinador inspeciona a genitália do paciente com câmeras de grande aumento. Havendo lesão suspeita, anestesiamos localmente e removemos a verruga para análise.
É possível detectar ao microscópio alterações sugestivas de infecção viral, mas a confirmação diagnóstica se dá por meio de pesquisa de material genético do vírus na amostra.
Muitas vezes o paciente que contrai o HPV, acaba portando o vírus para toda vida.
O tratamento consiste, portanto, em remover as verrugas genitais, a fim de reduzir o risco de transmissão. Isso inclui o uso de medicamentos tópicos, como géis e cremes que interferem com a proliferação dos vírus ou estimulam o sistema imunológico a combater o HPV. Há também tratamento cirúrgicos como eletrocauterização, laser e excisão cirúrgica.
O HPV é um vírus que afeta grande parte da população masculina, ainda que não cause problemas graves imediatos, é importante ter acesso às informações para se prevenir e evitar complicações. Se você tiver dúvidas, não deixe de procurar um especialista para fazer uma avaliação do seu caso.