Os avanços tecnológicos na medicina permitiram o desenvolvimentos de exames de sangue que podem ajudar no diagnóstico do câncer de próstata.
Essa doença afeta um a cada seis homens no Brasil após os 55 anos, mas pode ser tratada de modo minimamente invasivo por meio de cirurgia robótica próstata (prostatectomia robótica), com grandes chances de cura, desde que o diagnóstico seja realizado precocemente.
Pesquisadores da Queen Mary University of London desenvolveram um novo método para diagnosticar o câncer de próstata sem a necessidade de realização de biópsia por exames de sangue.
Embora, no momento, esteja liberado apenas para uso em pesquisa, acreditamos que poderá ser amplamente utilizado como exame auxiliar ao PSA e ao toque retal, no rastreamento de câncer de próstata.
Confira mais neste post do Dr. Luiz Takano – especialista em urologia minimamente invasiva.
O câncer de próstata é o câncer mais comum em homens ocidentais, alcançando 1,3 milhão de novos casos diagnosticados a cada ano em todo o mundo.
Atualmente, o tumor de próstata é rastreado por meio do exame PSA e toque retal. Caso haja alteração de pelo menos um desses exames, o paciente é submetido a biópsia de próstata para confirmação do diagnóstico.
O PSA é bastante útil no diagnóstico precoce de câncer de próstata (em estágio inicial), apresentando, porém, baixa especificidade.
Em outras palavras, quando o PSA está normal, o risco de câncer de próstata é baixo; quando está elevado, porém, não permite confirmar câncer de próstata, pois sua elevação pode decorrer de doenças benignas (hiperplasia prostática, prostatite)
Por consequência, muitos pacientes acabam sendo submetidos à biópsia, um procedimento invasivo, sem necessidade.
As células cancerosas têm a capacidade de se desprender do tumor original e entrar na corrente sanguínea e são chamadas de células tumorais circulantes (CTC).
Através desse mecanismo, conseguem alcançar órgãos à distância, o que chamamos de metástase. É preciso ressaltar que a maior parte das mortes de pacientes com câncer ocorrem por questões justamente relacionadas à metástase. O sistema Parsortix® permite justamente detectar essas células tumorais circulantes (CTCs).
Um estudo conduzido por pesquisadores da Queen Mary University of London e Fudan University de Shanghai avaliou o uso do Exame de Sangues CTC para detecção de câncer de próstata.
155 pacientes diagnosticados com câncer de próstata foram avaliados antes de realizarem tratamento, incluindo 98 pacientes avaliados antes da biópsia.
Dos pacientes com câncer de próstata localizado, 54% apresentaram células tumorais circulantes, o que estava associado a tumores mais agressivos (escore de Gleason mais alto).
No grupo avaliado antes da biópsia, a presença de CTCs combinada com o PSA permitiu prever tumores de câncer de próstata mais agressivos. Quando associaram CTC, PSA e avaliação de 12 genes houve aumento adicional da precisão.
O pesquisador principal da universidade, o professor Yong-Jie Lu, enfatizou que “o teste atual de câncer de próstata geralmente leva a biópsias invasivas desnecessárias e a diagnósticos e tratamentos excessivos”.
E isso certamente promove desconforto aos pacientes, além do desperdício de recursos que poderiam ser revertidos à saúde.
Como este é um estudo de centro único, os resultados precisam ser validados em outros locais antes que o teste CTC seja disponibilizado no Reino Unido e em outros países, o que pode levar mais de 3 a 5 anos.
Enquanto o Exames de Sangue CTC não chega ao Brasil, a melhor forma de diagnosticar o câncer precocemente é realizando consultas de rotina com um urologista.
Somente o médico urologista poderá solicitar os exames de toque, PSA e de imagem, o que ajuda na descoberta da doença e na definição do tratamento com a cirurgia robótica.
Por isso, agende já sua consulta com o Dr. Luiz Takano, urologista da Clínica Takano em SP!