Assim como o tratamento do câncer de próstata evoluiu com a cirurgia robótica, os métodos de diagnósticos também evoluíram com o passar dos anos, mas a pontuação da Escala de Gleason segue sendo utilizada pelos especialistas.
Para detectar precocemente o câncer de próstata, utilizamos o PSA e exame de toque retal. Há também outros exames que podemos utilizar para auxiliar nesse rastreamento como PHI, PCA-3 e ressonância multiparamétrica.
Quando há suspeita de câncer de próstata, solicitamos biópsia por agulha, exame que permite coletar amostras de tecido da próstata.
Esse material é, então, enviado para análise no microscópio pelo médico patologista, que avalia se há presença de células cancerígenas.
Para definir o grau de alterações nas células do câncer de próstata, o médico patologista utiliza a Escala De Gleason. Saiba como a pontuação de Gleason é essencial para definir o tratamento do tumor maligno de próstata!
O que é e como é feita a biópsia para diagnóstico do câncer de próstata?
A biópsia da próstata é um exame com o paciente sedado, em que o médico utiliza um aparelho de ultrassom, que pode ser inserido no reto (ultrassonografia transretal) ou colocado sobre o períneo (transperineal), para identificar a próstata e, utilizando uma agulha muito fina, retirar amostras de tecido desse órgão.
Esse material é enviado para um médico patologista que, com auxílio de um microscópio, define se há presença de células cancerígenas.
Além de definir a presença de câncer, é possível identificar o grau de de alterações das células tumorais , através Escala de Gleason, ou Pontuação de Gleason.
O que é a Escala de Gleason?
Os graus de alterações das células do câncer de próstata foram definidos por um médico patologista chamado Dr. Donald Gleason, na década de 1960 e, desde então, utilizamos essa escala, nomeada em sua homenagem, Escala de Gleason.
Esse médico percebeu que o câncer de próstata apresentava, ao microscópio, 5 padrões de crescimento: Gleason 1 representa as células cancerígenas mais diferenciadas, isto é, com menos alterações em relação ao tecido normal,Gleason 5, células menos diferenciadas, ou seja, com mais alterações em relação ao tecido normal.
Resumindo, Gleason 1, células tumorais com menos alterações; Gleason 5, células tumorais com mais alterações.
Como é obtido o escore de Gleason?
Ao analisar a amostra da biópsia, o patologista irá atribuir uma nota de Gleason ao padrão mais predominante nas amostras de tecido da próstata.
Mas como normalmente os cânceres de próstata têm áreas com diferentes graus, uma segunda nota de Gleason é adicionada ao segundo padrão mais predominante. As duas notas serão, então, adicionadas para determinar sua pontuação no Gleason.
Por exemplo, quando dizemos Gleason 7 (3 + 4), entende-se que a maior parte do material analisado apresenta alterações Gleason 3, havendo uma parte menor que apresenta alterações Gleason 4.
Teoricamente, as escalas variam de 2 a 10, mas não são consideradas pontuações abaixo de 6. Através dessa escala, podemos classificar os cânceres de próstata, em 3 grupos:
- Gleason 6: tumores de baixo grau;
- Gleason 7: tumores de grau intermediário
- Gleason de 8 a 10: tumores de alto grau.
Qual a importância do sistema de classificação de Gleason?
Esse sistema de classificação é muito útil para prever o comportamento de um câncer de próstata e determinar seu nível de agressividade e pode ajudar na escolha do tratamento mais eficaz.
Por isso, é muito importante que o paciente faça consultas de rotina com um urologista e mantenha os exames em dia. Assim, é possível ter um diagnóstico de câncer de próstata precoce e aumentar as chances de cura.
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