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Entendendo o Resultado do Exame de PSA

Entendendo o Resultado do Exame de PSA

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O PSA é uma proteína produzida tanto pelas células normais quanto pelas células cancerígenas da próstata. No entanto, as células malignas produzem essa proteína em quantidade muito maior que as células comuns. 

Embora seja bastante útil no rastreamento do câncer de próstata, trata-se de exame sensível, mas pouco específico. Em outras palavras, quando o paciente apresenta PSA normal, há baixo risco de câncer de próstata; quando apresenta PSA elevado, pode haver câncer de próstata, inflamação da próstata ou mesmo uma próstata muito aumentada.

Quais doenças podem alterar o nível no Exame de PSA (Antígeno Prostático Específico)?

Além do próprio câncer de próstata, outras condições não cancerosas também podem aumentar o nível de PSA, por exemplo, a hiperplasia prostática benigna. 

Conforme o homem envelhece, a próstata tende a aumentar de tamanho. Esse aumento ocorre em 90% dos homens até os 90 anos e pode elevar o PSA. 

A inflamação da próstata, conhecida como prostatite, tem muitas causas sendo a principal, a infecção do trato urinário. Essa inflamação também pode provocar elevação nos índices da proteína (PSA) no sangue.

Esse exame deve ser entendido como uma das ferramentas de rastreio dos primeiros sinais de câncer de próstata. O teste de PSA não é capaz de fornecer informações suficientes para o médico diagnosticar o câncer de próstata. 

Para avaliar mais precisamente o risco de se tratar de câncer de próstata, é necessário associar outros exames como toque retal, PCA3, PHI e ressonância multiparamétrica entre outros. 

Quando se confirma alto risco de câncer de próstata, o paciente é submetido a biópsia da próstata, exame que confirma o diagnóstico. 

Variações do Exame de PSA

Além da dosagem do PSA no sangue, há outros exames, também baseados no PSA, que podem melhorar a precisão desse exame. 

Porcentagem de PSA livre

O PSA circula no sangue em duas formas: ligado a proteínas ou livres. Quando a relação PSA livre/ PSA total é menor que 10%, há maior risco de se tratar de câncer de próstata.

Densidade de PSA

As células do câncer de próstata produzem mais PSA por volume de tecido do que as células benignas. A densidade de PSA é a relação obtida pela divisão do valor do PSA pela massa prostática aferida por ultrassom transretal. Quando esse índice é superior a 0,11 (11%), há maior risco de câncer de próstata. 

PHI

 O Índice de Saúde da Próstata (PHI, do inglês Prostate Health Index) é um teste para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, baseado na dosagem de três diferentes formas da molécula do PSA (PSA Total, PSA Livre, e p2PSA). Trata-se de exame de maior especificidade que o PSA, isto é, quando o resultado está alterado há maior chance de se tratar de câncer de próstata. 

Outros exames

Há outros exames, além dos acima descritos, que podem ser utilizados em associação ao PSA para melhorar a precisão desse exame: PCA3, ressonância multiparamétrica da próstata. Há outro texto publicado no blog que discute essa questão e pode ser acessado clicando aqui.

Agende sua Consulta com o Dr Luiz Takano

Exame de PSA após o tratamento do câncer de próstata

Após cerca de 6 semanas da cirurgia para tratamento de câncer de próstata, o PSA que havia sido produzido pelo tecido prostático normal e o tumor desapareceu da circulação. 

Nesse momento, o paciente deve realizar novo exame de PSA, pois isso permite definir se o câncer foi completamente removido. Caso o valor seja inferior a 0,2ng/mL, podemos dizer que a doença foi curada. Se o valor for superior a 0,2 ng/mL, é sinal de que a doença não foi completamente removida e devemos complementar o tratamento com radioterapia e/ou terapia de privação hormonal. 

Devemos ressaltar, porém, que mesmo que o valor do PSA na avaliação pós-operatória seja inferior a 0,2ng/mL, é necessário manter seguimento com o urologista e realizar exames de PSA periodicamente por pelo menos 5 anos, pois existe chance do câncer de retornar nesse período. Se, durante o seguimento, ocorrer elevação do PSA, houve recidiva da doença, isto é, o câncer retornou.

Para pacientes submetidos a radioterapia, o seguimento é mais complexo. Durante o tratamento, as células tumorais são destruídas, mas as células normais permanecem e sofrem inflamação pela radiação, produzindo PSA em maior quantidade. Desse modo, após o tratamento, pode haver elevação e queda do PSA.

No entanto, ao final de anos, forma-se uma curva decrescente e um valor mais baixo de PSA, chamado PSA nadir. Consideramos que o câncer de próstata retornou se o paciente apresentar, ao longo do seguimento, PSA nadir acrescido de 2.

Agora que sabe como ler o resultado do exame PSA, você quer ter uma primeira ou mesmo segunda opinião sobre o quadro do câncer de próstata? Então, entre em contato com o Dr. Luiz Takano e agende sua consulta.

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Dr. Luiz Takano destaca-se pelo caráter atencioso e humano, entendendo e respeitando as necessidades individuais de cada paciente. Evita realizar procedimentos desnecessários, pois sabe que nem sempre o melhor tratamento é cirurgia. Há muitas doenças em que a cura pode ser alcançada simplesmente com medicamentos.

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