A próstata é um órgão que merece atenção especial a partir dos 40 anos, pois a partir dessa idade, há maior risco de desenvolver doenças nesse órgão. Além do câncer de próstata, há outros quadros que também precisam de atenção. Entre eles, devemos mencionar a Hiperplasia Prostática Benigna ou HPB, que embora seja algo benigno, acomete cerca de 90% dos homens e pode provocar complicações graves.
Antes de falarmos sobre Hiperplasia Prostática Benigna é preciso saber o que é a próstata.
A Hiperplasia Prostática Benigna consiste em um aumento benigno da glândula prostática que ocorre em cerca de 90% dos homens.
Com o envelhecimento, a próstata fica maior, podendo comprimir a uretra e bloquear o fluxo de urina.
O diagnóstico da Hiperplasia Prostática Benigna pode ser realizado por meio do exame de toque retal, em que o urologista consegue aferir o tamanho da próstata. bem como avaliar se há alterações sugestivas de câncer de próstata.
Além disso, o médico especialista pode solicitar outros exames para confirmar o diagnóstico e avaliar complicações como PSA, exames de urina, ultrassom, urofluxometria, ressonância magnética ou mesmo estudo urodinâmico.
Além da alteração da qualidade de vida do paciente relacionada aos sintomas urinários, não tratar o aumento de próstata exige que a bexiga tenha de fazer força excessiva para vencer a obstrução da bexiga, podendo evoluir com falência eventualmente.
O Médico Urologista, em conjunto com o paciente, deve decidir qual o tratamento mais adequado para cada caso, considerando a intensidade dos sintomas, o quanto a doença afeta a qualidade de vida do paciente, bem como o tamanho da próstata, presença de complicações e condições de saúde do paciente.
Caso não existam complicações relacionadas à doença, o urologista pode prescrever medicamentos que ajudam o paciente a urinar mais facilmente. As medicações podem ser alfa-bloqueadores, que relaxam a musculatura da próstata, diminuindo a obstrução do canal da urina e/ou inibidores de 5-alfa-redutase, que diminuem o tamanho da próstata.
Quando o paciente não responde ao tratamento medicamentoso, seja por não apresentar melhora dos sintomas urinários ou por não tolerar efeitos colaterais, ou quando apresenta complicações relacionadas à obstrução do canal da urina pela próstata, indicam-se tratamentos cirúrgicos.
Trata-se de procedimento em que colocamos uma pequena câmera no canal da urina e “raspamos a próstata” internamente. Trata-se do procedimento cirúrgico padrão.
Seria algo semelhante a RTU, utilizando, porém, o laser para remoção em bloco, isto é, em um único “pedaço” da porção interna da próstata que comprime o canal da urina. Trata-se de procedimento geralmente reservado para próstatas muito volumosas.
Esse procedimento também é uma cirurgia pelo canal da urina. A diferença é que ao invés de retirar o tecido da próstata, nós o “evaporamos”, destruímos esse tecido, não há remoção de fragmentos.
Quando falamos neste tipo de cirurgia, muitos pacientes imaginam que simplesmente programamos um robô, que realiza o tratamento cirúrgico de modo autônomo.
Mas, na verdade, trata-se de um procedimento em que o cirurgião utiliza um robô que permite ver os órgãos em alta definição 3D e realizar movimentos precisos, tornando a cirurgia menos invasiva e mais eficiente.
Normalmente, reservamos essa técnica para próstatas muito grandes.
Trata-se de aparelho inserido no canal da urina, que utiliza radiofrequência, gerando calor e ablação (destruição) do tecido prostático.
Um stent é colocado na região do canal da urina comprimida pela próstata, “armando” o canal da urina e reduzindo essa obstrução. O mecanismo lembra em parte os stents coronarianos.
Trata-se de tratamento de exceção, em que se realiza cateterismo da artéria femoral , inserindo-se um cano bem fino, que é guiado até os vasos que levam sangue para a próstata.
Por meio desse tubo, injeta-se um material para obstruir a chegada de sangue na próstata, levando a redução da chegada de oxigênio e alimento para a próstata e diminuição do órgão.
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