O câncer de próstata é um assunto que causa muita preocupação entre pacientes. Primeiramente porque muitos homens ainda sentem vergonha de procurar o urologista para realizar os exames que ajudam no diagnóstico precoce da doença, sobretudo o exame de toque.
Além do toque, o PSA (exame de sangue) é também fundamental para a identificação do câncer de próstata.
E, embora o tratamento para o câncer prostático tenha evoluído muito, sobretudo com o desenvolvimento da cirurgia robótica, o diagnóstico da doença em estágio inicial ainda é fundamental para que se possa curar o paciente.
Mas você sabia que o exame de PSA também deve ser realizado após o tratamento do câncer de próstata, seja ele cirurgia ou radioterapia.
Se você quer conhecer mais sobre esse assunto, leia este artigo da Clínica Takano Urologia, especializada em cirurgia robótica e segunda opinião para o câncer de próstata
PSA é uma sigla que significa antígeno prostático específico. Trata-se de substância normalmente produzida pelas células da próstata, que pode ser dosada no sangue.
As células tumorais, porém, produzem essa substância em quantidade muito maior que as células normais. Por esse motivo, suspeitamos de câncer de próstata, quando há elevação do PSA.
No entanto, é preciso ressaltar que embora seja um exame bastante sensível, é pouco específico, isto é, um valor baixo de PSA indica baixo risco de câncer de próstata; um valor alto do PSA, porém, gera suspeita de câncer, mas não permite confirmação do diagnóstico, pois pode ocorrer em casos câncer de próstata, inflamação da próstata (associada ou não à infecção) ou mesmo próstata muito aumentada.
Mas, havendo alterações ao exame de toque e/ou do PSA, devemos prosseguir a investigação diagnóstica. Geralmente solicitamos mais específicos que o PSA como PCA-3 (exame de urina), PHI (exame de sangue) ou ressonância multiparamétrica da próstata.
Caso algum desses exames confirme a suspeita de câncer, é necessário realizar biópsia da próstata, procedimento em que são obtidos e analisados fragmentos da próstata para definição do diagnóstico. E em casos de diagnósticos já confirmados, a segunda opinião do câncer de próstata se torna inestimável.
Após cerca de 6 semanas da cirurgia para tratamento de câncer de próstata, o PSA que havia sido produzido pelo tecido prostático normal e o tumor deve ter desaparecido da circulação.
Nesse momento, o paciente deve realizar novo exame de PSA, pois isso permite definir se o câncer foi completamente removido. Caso o valor seja inferior a 0,2ng/mL, podemos dizer que a doença foi curada. Se o valor for superior a 0,2 ng/mL, é sinal de que a doença não foi completamente removida e devemos complementar o tratamento com radioterapia e/ou terapia de privação hormonal.
Devemos ressaltar, porém, que mesmo que o valor do PSA na avaliação pós-operatória seja inferior a 0,2ng/mL, é necessário manter seguimento com o urologista e realizar exames de PSA periodicamente por pelo menos 5 anos, pois existe chance do câncer de retornar nesse período. Se, durante o seguimento, ocorrer elevação do PSA, houve recidiva da doença, isto é, o câncer retornou.
Para pacientes submetidos a radioterapia, o seguimento é mais complexo. Durante o tratamento, as células tumorais são destruídas, mas as células normais permanecem e sofrem inflamação pela radiação, produzindo PSA em maior quantidade. Desse modo, após o tratamento, pode haver elevação e queda do PSA.
No entanto, ao final de anos, forma-se uma curva decrescente e um valor mais baixo de PSA, chamado PSA nadir. Consideramos que o câncer de próstata retornou se o paciente apresentar, ao longo do seguimento, PSA nadir acrescido de 2.
Desse modo, fica claro que o PSA é um exame de suma importância no rastreamento do câncer de próstata, seja para detecção precoce inicial da doença ou da recidiva.
Se você tem dúvidas sobre seu exame de PSA e quer uma opinião especializada, não deixe de agendar sua consulta com o Dr. Luiz Takano!