Embora o câncer de rim represente apenas 2% das mortes globais por câncer, sua incidência mais que dobrou no mundo desenvolvido nos últimos 50 anos e hoje é o nono tipo de câncer mais comum nos Estados Unidos.
Segundo a OMS, em 2020, foram diagnosticados em todo o mundo mais de 400 mil casos de câncer de rim e 170 mil óbitos decorrentes da doença.
Quando diagnosticado precocemente, há grande chance de cura, por meio de diferentes formas de tratamento.
Neste post do Dr. Luiz Takano, vamos esclarecer com mais detalhes como isso é feito.
Primeiramente, é importante esclarecer que nem todo tumor renal é maligno. Existem tumores renais benignos. No entanto, com algumas exceções, é muito difícil determinar a natureza do tumor baseado somente em exames de imagem como ultrassom, tomografia ou ressonância.
Inclusive a biópsia do tumor é, muitas vezes, inconclusiva, não permitindo essa diferenciação. Por esse motivo, consideramos o tumor maligno até que se prove o contrário e o tratamos.
Podemos realizar retirada do tumor apenas, preservando o restante do rim, cirurgia conhecida como nefrectomia parcial. Quando isso não é possível, retiramos todo o rim em que está o tumor, procedimento chamado de nefrectomia radical.
Há também outras formas de tratamento que, ao invés de remover, destroem o tumor. A crioterapia consiste em destruir o tumor por congelação, utilizando cânulas inseridas através da pele, guiadas por tomografia. Há também a radiofrequência que utiliza ondas de rádio de alta energia para aquecer e destruir o tumor. Essas técnicas são geralmente reservadas para pequenos tumores renais em pacientes idosos com risco cirúrgico alto, pois a chance de o tumor recidivar (voltar) a curto prazo é maior que na cirurgia.
Trata-se da retirada do tumor apenas, preservando o restante do rim. A preservação da função renal do paciente reduz o risco de complicações cardiovasculares (infarto, derrame) futuras.
Durante o procedimento de retirada do tumor e reconstrução do rim, é frequentemente necessário realizar obstrução temporário da chegada de sangue ao rim, o que, porém, implica sofrimento das células renais. Para que possamos garantir o bom funcionamento do rim após a cirurgia, é preciso limitar esse tempo a 20 minutos.
Para isso, optamos usualmente por realizar este procedimento com a assistência de um robô, o que chamamos de cirurgia robótica. O cirurgião controla o robô que possui uma câmera e pinças cirúrgicas, permitindo visão tridimensional do campo cirúrgico e movimentos precisos. A melhor visão e destreza proporcionados pela tecnologia robótica permite alcançarmos este tempo.
Quando não é possível remover apenas o tumor, por seu tamanho ou localização, removemos todo o rim.
Esse procedimento pode ser realizado por meio de grande incisão no abdome ou por meio de cirurgia robótica.
A cirurgia robótica oferece vantagens significativas em relação à cirurgia convencional como:
O tempo de duração da cirurgia de câncer de rim é cerca de 3 horas, porém, ele pode variar dependendo de aspectos da anatomia do paciente, invasão de estruturas vizinhas e experiência do cirurgião.
O paciente, quando submetido a cirurgia robótica, recebe alta no dia seguinte ao procedimento. Costuma ter pouca dor, que pode ser controlada com o uso de analgésicos comuns. Pode realizar atividade física leve também no primeiro dia após cirurgia.
Gostou de conhecer um pouco mais sobre como é a cirurgia de câncer de rim? Agora, entre em contato conosco e agende uma consulta! Com o Dr. Luiz Takano você pode ter uma segunda opinião completa sobre seu quadro de câncer de rim.