O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum nos homens. Apesar disso, há grande chance de cura desde que a doença seja diagnosticada em sua fase inicial.
A elevada chance de cura se deve a avanços tecnológicos na medicina que permitiram o desenvolvimento de novas formas de tratamento, incluindo a cirurgia robótica para câncer de próstata, também conhecida como prostatectomia robótica.
Apesar de estar disponível no Brasil há cerca de 10 anos, esse tipo de procedimento ainda é pouco conhecido pelos pacientes em geral.
Por isso, neste artigo do Dr. Luiz Takano, explicaremos em detalhes o que é a cirurgia robótica e suas vantagens para os pacientes.
A cirurgia robótica pode ser entendida como a evolução da cirurgia laparoscópica. Durante o procedimento, o cirurgião utiliza um robô que permite visualizar os órgãos em alta definição e em três dimensões (3D), bem como realizar movimentos delicados e mais precisos, tornando a cirurgia menos invasiva e mais eficiente.
Quando falamos de cirurgia robótica, muitos pacientes imaginam que simplesmente programamos um robô, que realiza o tratamento cirúrgico de modo autônomo.
Após preparar o paciente na mesa de operação, o cirurgião se senta ao controle para começar a operar a unidade.
Na verdade, o robô segura os instrumentos cirúrgicos e a câmera, mas é o médico cirurgião que controla os equipamentos e opera o paciente.
Após anestesiar o paciente, fazemos 3 a 5 cortes, com cerca de 0,5cm, pelos quais inserimos uma câmera bem fina, mas com grande aumento e delicadas pinças cirúrgicas robóticas.
O cirurgião fica dentro da sala cirúrgica e comando o robô, que reproduz os movimentos das mãos do médico, garantindo precisão do movimento.
A tecnologia robótica permite que esse procedimento tenha muitas vantagens e em relação à cirurgia aberta:
Embora ambas sejam técnicas minimamente invasivas para realização de prostatectomia radical (cirurgia para câncer de próstata), mas há diferenças importantes.
Na prostatectomia radical laparoscópica, a câmera utilizada não permite visão em 3 dimensões (3D) dos órgãos. Além disso, quem segura o equipamento é o cirurgião auxiliar, que pode se cansar do durante o procedimento, passando a ter dificuldade em segurar o equipamento, o que pode dificultar a visão do cirurgião.
E as pinças cirúrgicas utilizadas não são articuladas, o que restringe os movimentos que o cirurgião pode executar, tornando-os menos precisos.
Normalmente, esse tipo de procedimento é rápido, levando de 1 a 3 horas, dependendo de características do paciente e do tumor.
Sim, a cirurgia pode ser utilizada em todos os estágios da doença, doença localizada, localmente avançada ou metastática.
É preciso ressaltar, porém, que é necessário conversar com o médico urologista que, após avaliar aspectos clínicos do doente e características do tumor, poderá definir se a técnica é adequada para o caso.
Como em toda cirurgia, podem ocorrer complicações. Eventos adversos graves, porém são muito incomuns.
Há 2 questões que surgem frequentemente nas consultas: impotência e incontinência.
A cirurgia prostática robótica permite a preservação adequada do feixe vascular e nervoso responsável pelas ereções, que fica muito próximo à próstata.
Entretanto, a qualidade da ereção após a prostatectomia radical depende de outros fatores além da técnica cirúrgica, como idade do doente, doenças associadas (diabetes, por exemplo), uso de medicações diárias, entre outros.
De modo geral, a 60-80% dos pacientes mantêm vida sexual adequada após o procedimento.
Quanto à incontinência urinária, o quadro desaparece em 97% dos pacientes ao final de 6 semanas após a cirurgia. Não sendo, portanto, algo preocupante.
A cirurgia robótica na próstata permite rápida recuperação. Durante a internação, 4 horas após chegar ao quarto, o paciente pode e deve sentar e andar pelo quarto e enfermaria e recebe alta no dia seguinte ao procedimento, usando uma sonda no canal da urina, retirada 5-7 após a cirurgia, no consultório médico.
Não deve, porém, fazer atividade física intensa nem dirigir por um período de 14-28 dias.
É necessário manter acompanhamento, por pelo menos 5 após a cirurgia, com coletas periódicas de PSA, para monitorar recidiva da doença.
Esperamos que este artigo tenha esclarecido suas dúvidas! Para saber mais detalhes sobre a cirurgia, como preço da cirurgia robótica de próstata, converse com o Dr. Luiz Takano.