A detecção precoce do câncer de próstata permite que o tratamento tenha alta taxa de cura. No entanto, nem todo câncer de próstata requer tratamento.
Quando o resultado da biópsia apresenta câncer de próstata com pontuação de Gleason de 6 ou menos, PSA inferior a 10 mg/ml e um tumor não palpável ou apenas palpável em menos da metade de um lobo da próstata consideramos que o risco de o paciente vir a falecer a doença é muito baixo. Desse modo, o paciente poderia ser acompanhado periodicamente, não havendo necessidade de tratamento imediato.
No entanto, um novo estudo conduzido por pesquisadores do Mass General Brigham Hospital na Alemanha questiona esse conceito, mostrando que muitos pacientes com doença mínima podem, na verdade, ter uma forma mais agressiva da doença.
Ficou interessado? Continue a leitura!
A pesquisa analisou dados de mais de 10 mil pacientes que foram submetidos à biópsia de próstata, em que se identificou câncer de próstata Gleason 6 e que foram também submetidos a prostatectomia radical, cirurgia para tratamento da doença.
O estudo descobriu que pelo menos 8% dos pacientes classificados como Gleason 6 tinham um tumor mais agressivo. Dois fatores indicaram maior risco para presença de câncer mais agressivo: mais de 50% dos fragmentos da biópsia com presença de células tumorais e PSA>20 ng/ml.
Os pacientes com Gleason 6 que apresentam um ou ambos dos indicadores de maior risco, devem ser aconselhados sobre o risco da doença ser mais agressiva.
Caso optem por vigilância ativa, o seguimento deve ser rigoroso com biópsia de acompanhamento precoce ou mesmo envolver testes genéticos para avaliar a presença de mutações associadas a risco de câncer agressivo.
Gostou do conteúdo? Está procurando um médico para uma segunda opinião sobre câncer de próstata? Entre em contato conosco!