O diagnóstico de câncer de próstata gera grande preocupação para o paciente. Dúvidas a respeito da possibilidade de cura e complicações do tratamento são bastante comuns.
Embora o câncer de próstata seja mais comum em pacientes após os 60 anos de idade, a doença pode ocorrer em pacientes jovens.
Será que existem orientações específicas voltadas para esse grupo de indivíduos?
Neste artigo, trouxemos algumas respostas para esta e outras dúvidas comuns relacionadas ao câncer de próstata em pacientes jovens.
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Geralmente, os exames para detecção precoce de câncer de próstata são indicados para pacientes acima de 50 anos.
Porém, é importante destacar que pacientes podem desenvolver câncer de próstata dos 40 aos 50 anos. Quando o paciente apresenta antecedente familiar da doença, sobretudo 3 gerações sucessivas ou 2 gerações com diagnóstico antes dos 50 anos, suspeitamos de doença hereditária e iniciamos o rastreamento do câncer de próstata aos 40 anos.
Após o diagnóstico da doença é preciso definir se o câncer está confinado ao órgão, se invade estruturas vizinhas ou órgãos à distância (metástase).
As formas de tratamento aplicadas dependem não somente do estágio da doença, mas também de aspectos relacionados ao paciente como idade, doenças associadas e cirurgias abdominais prévias.
Pacientes com doença localizada (tumor confinado à próstata) submetidos a cirurgia, vivem mais e com melhor qualidade quando comparados aos pacientes submetidos a radioterapia. Desse modo, geralmente indicamos aquele tipo de tratamento (cirurgia) para pacientes jovens.
Em cenário de doença localmente avançada (invasão de estruturas vizinhas) a radioterapia associada a terapia de privação hormonal apresenta sobrevida discretamente melhor quando comparada a cirurgia. No entanto, em pacientes jovens, optamos por cirurgia de modo a reduzir o risco de complicações locais da radioterapia (inflamação da bexiga e intestino) e os impactos associados à redução dos níveis de testosterona causada pela terapia de privação hormonal.
Mesmo em cenários de metástase, a cirurgia ainda tem um papel importante no sentido de reduzir a massa tumoral, permitindo melhor sobrevida aos pacientes.
Cirurgia robótica
A cirurgia robótica tem se estabelecido como a modalidade cirúrgica de escolha. Como o nome sugere, é um procedimento minimamente invasivo, realizado com o auxílio de um robô.
O médico-cirurgião controla o robô que possui uma câmera e pinças cirúrgicas, permitindo visão tridimensional do campo cirúrgico e movimentos precisos.
Essa tecnologia permite melhor preservação dos nervos responsáveis pela ereção e do esfíncter responsável pela continência urinária.
A cirurgia robótica oferece vantagens significativas em relação à cirurgia convencional como:
Para uma cirurgia bem sucedida, é recomendado que o paciente tenha acompanhamento com um urologista especialista em cirurgia robótica.
Se você tiver qualquer dúvida ou insegurança, sempre busque uma segunda opinião.
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