Embora existam diferentes tipos de câncer de bexiga, a forma mais comum ocorre nas células do tecido mais interno do órgão e que ficam em contato com a urina.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre os anos 2020 e 2022 foram diagnosticados mais de 10.500 novos casos desse tipo de câncer. Isto significa cerca de 7 casos novos a cada 100 mil homens e quase 3 para cada 100 mil mulheres.
Os motivos dessa diferença pareciam obscuros até que pesquisadores do Cedars-Sinai Medical Center publicaram os resultados de um estudo inovador.
Por que o câncer de bexiga é mais comum entre os homens?
Acreditava-se que a maior incidência do câncer de bexiga em homens decorria de fatores socioeconômicos, como maior consumo de cigarros e trabalho na indústria química.
No entanto, o estudo com roedores conduzido pelo Cedars-Sinai e publicado na revista Science Immunology identificou que hormônios sexuais produzidos em maior quantidade nos homens parecem afetar negativamente a ação células T CD8+ de sistema imunológico que atacam e destroem as células tumorais.
Essa descoberta também poderia explicar porque pacientes do sexo masculino tem resposta pior ao tratamento do câncer de bexiga.
Qual o melhor tipo de cirurgia para o câncer de bexiga?
A investigação do câncer de bexiga tem início através da cistoscopia, uma espécie de endoscopia da bexiga, realizada sob anestesia, que permite confirmar o tumor da bexiga, bem como coletar fragmentos (biópsia) para análise.
A análise ao microscópio (anatomia-patológica) dos fragmentos retirados durante a cistoscopia permite confirmar a natureza maligna do tumor, bem como verificar a agressividade da doença e definir se a doença invade ou não a parede da bexiga.
Quando o tumor é pouco agressivo e não invade a parede da bexiga, podemos aplicar uma medicação diretamente na bexiga (mitomicina ou BCG), que tem como função reduzir o risco da doença retornar.
Contudo, se as células tumorais estão invadindo a parede da bexiga, o tratamento mais indicado é a remoção completa da bexiga por meio da cirurgia robótica na qual o médico urologista comanda o robô, que reproduz os movimentos das mãos do profissional.
O robô permite visão ampliada, 3D e em alta definição dos órgãos, bem como movimentos mais precisos, o que aumenta as chances da cirurgia ser bem-sucedida.
Vale lembrar que, assim como ocorre com outros tipos de doenças, quando o câncer de bexiga é descoberto logo no início, há mais chances de cura. Por isso, é fundamental realizar consultas frequentes ao urologista, especialmente homens acima de 45 anos.
Quer ter um especialista em urologia e cirurgia robótica acompanhando seu caso?
Então, entre em contato com o Dr. Luiz Takano e agende sua consulta hoje mesmo!