O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais letal em homens nos Estados Unidos. Embora pesquisadores tenham identificado diminuição da incidência de câncer da próstata desde dos anos 2000, vem ocorrendo aumento da incidência de câncer da próstata avançado, em que a doença invade outras estruturas além da próstata.
Estudos recentes notaram grandes diferenças na sobrevivência do câncer de próstata de acordo com estágio, idade e raça/etnia.
Neste artigo do Blog Takano Urologia, o Dr. Luiz Takano, especialista em cirurgia robótica, descreve como os fatores citados acima afetam a sobrevida do paciente com câncer de próstata.
Caso não saiba o que é próstata, qual sua função e quais as suas principais doenças, sugerimos o iniciar pelo texto “Tudo o que você precisa saber sobre a próstata”.
Para obter dados mais recentes sobre a incidência e sobrevivência do câncer da próstata nos Estados Unidos, o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) analisou dados de registros de câncer do Centro de Estatísticas de Câncer dos EUA (USCS).
Identificaram 3,1 milhões de novos casos de câncer da próstata registrados durante 2003-2017. Avaliando em que estágio a doença foi identificada, obtiveram os seguintes dados:
- estágio localizado (doença restrita à próstata): 77%
- estágio localmente avançado (invasão de estruturas vizinhas ou próximas): 11%
- estágio metastático (invasão de estruturas à distância): 5%
- desconhecido: 7%
A sobrevida em 10 anos para estágio localizado foi de 100%, isto é, todos os pacientes diagnosticados e tratados em fase inicial estavam vivos 10 após o tratamento.
A sobrevida em 5 anos para estágio metastático foi de 32,3%.
Notaram também discrepância na sobrevida em 5 anos entre grupos raciais e étnicos:
- habitantes das ilhas da Ásia/Pacífico: 42,0%
- latinos: 37,2%
- índios nativos americanos do Alasca: 32,2%
- negros: 31,6%
- brancos: 29,1%
Fica claro, portanto, que o câncer de próstata diagnosticado em estágio inicial tem uma vida tão longeva quanto a população geral. Para estágios mais avançados, as chances de cura diminuem progressivamente.
Prevenção e a importância do exame de toque
Para permitir a detecção precoce da doença recomendamos realizar consulta de rotina com o urologista, que solicitará exame de sangue PSA e realizará exame de toque.
Pacientes com 2 ou mais antecedentes familiares da doença devem realizar estes exames a partir dos 40 anos.
Pacientes com 1 antecedente familiar ou outros fatores de risco, devem realizar estes exames a partir dos 45 anos.
Não havendo nenhum fator de risco, recomenda-se realizar os exames a partir dos 50 anos.
Talvez a luta contra o preconceito acerca do exame de toque retal seja um dos maiores desafios para a detecção precoce da doença. Estudos brasileiros indicam que 49% dos homens ainda se recusam a fazer o exame, embora seja um exame rápido e pouco doloroso.
Tratamento e acompanhamento do câncer de próstata
Outros aspectos bastante relevantes para a sobrevida e qualidade de vida após o tratamento são a qualidade técnica e experiência do médico que conduz o caso.
Para se obter bons resultados é necessário consultar um médico especialista e experiente que definirá a estratégia mais adequada para cada paciente, incluindo opção de cirurgia robótica.
Em casos avançados, existem medicamentos que podem melhorar a sobrevida e qualidade de vida do paciente.
Se você ainda tem dúvidas sobre o assunto e quer conversar com um especialista, agende sua consulta entrando em contato conosco. Nossa equipe está disponível para ajudá-lo a entender mais sobre o câncer de próstata e seu tratamento com um médico urologista.
